quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

ESPIRITUALIDADE.


Talvez eu possa definir uma Força Maior que rege em mim, por espiritualidade. Não tenho religião, embora tenha me criado em um ambiente de práticas e crenças evangélicas. No decorrer da vida fui percebendo e sentindo outras coisas... Por que é que a sociedade discrimina quem não tem religião? Temos o livre arbítrio de crer ou descrer no que bem entendemos. Tem gente que até mente ser de tal religião pra não ser discriminado. Eu não! Não sigo uma religião específica, tampouco creio em dogmatismos.

Também não quero ficar me explicando, isso é apenas um desabafo.


Por esses dias iniciei a leitura de um livro indicado por uma grande amiga. Ao percorrer as primeiras páginas, a autora descreve DEUS e a maneira com que exerce sua fé. Suas palavras são simples e claras, e que portanto, faço das palavras dela as minhas:


"(...)deixem-me explicar primeiro porque uso a palavra Deus, quando poderia muito bem usar as palavras Jeová, Alá, Shiva, Brahma, Vishnu ou Zeus. Ou então, eu poderia chamar Deus de "Aquilo", que é como fazem as antigas escrituras em sânscrito, e que considero traduzir bastante bem a entidade onipresente e inominável que algumas vezes já vivenciei. Mas esse "Aquilo" me parece impessoal - uma coisa, não um ser-, e eu própria não consigo rezar para um "Aquilo". Preciso de um nome de verdade, para sentir totalmente que existe alguém presente. Pelo mesmo motivo, quando rezo, não ofereço minhas preces ao Universo, ao Grande Vazio, à Força, ao Ser Supremo, ao Inteiro, ao Criador, à Luz, ao Poder Maior, nem mesmo à mais poética das manifestações do nome de Deus, tirada, acho eu, dos evangelhos gnósticos: "A Sombra da Virada". Não tenho nada contra nenhum desses termos. Sinto que são todos equivalentes, porque são todos descrições igualmente adequadas e inadequadas do indescritível. Mas todos nós precisamos de um nome funcional para essa indescritibilidade, e "Deus" é o nome que me soa mais caloroso, então é ele que uso. Eu deveria confessar também que geralmente me refiro a Deus como "Ele", o que não me incomoda porque, a meu ver, trata-se somente de um pronome pessoal que facilita as coisas, não de uma descrição anatômica precisa ou de um motivo para revolução. (...)Embora eu ache que escrever o pronome em letra maiúscula seja um toque a mais, uma pequena gentileza na presença do divino. Culturalmente, embora não teologicamente, sou cristã. (...)E, embora eu de fato ame aquele incrível professor da paz chamado Jesus, e embora me reserve o direito de me perguntar em determinadas situações difíceis o que de fato Ele faria, não consigo engolir a regra fixa da cristandade que insiste que Jesus é o único caminho para Deus. (...)

Tradicionalmente, sempre me senti tocada pelos místicos transcendentais de todas as religiões. Sempre reagi com admirada animação a qualquer um que já tenha dito que Deus não mora em uma escritura dogmática, nem em um trono distante no céu, mas que ele está muito perto de nós - muito mais perto do que podemos imaginar, respirando através dos nossos próprios corações. (...) Deus é uma experiência de amor supremo." (Elizabeth Gilbert).


Ao ler tais descrições dessa autora, reafirmei minha opinião sobre Deus, de que não importa o nome que Ele tenha, tampouco a maneira como é louvado, seja na reza, na oração, no rito, na prece, na missa, no culto, etc. Busco a Força Maior, que também chamo de Deus, todos os dias, em todas as situações e em todas as pessoas, já que creio que Ele mora em nossos corações, e se faz presente em nossas atitudes de praticar o bem e propagar o AMOR. Meu templo é a VIDA e a natureza.

Fica aqui meu respeito a qualquer tipo de religião ou outro meio de buscar Deus, desde que seja para o bem, em busca de PAZ de espírito.


E já que estamos findando mais um ano, desejo à todos que o próximo seja repleto de paz de espírito, serenidade, amor no coração, luz para as realizações, saúde e fé por dias melhores! FELIZ ANO NOVO!!




quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Berimbau tá me chamando...


Esse ano de 2010 estive um tanto distante do mundo da capoeira,por razões pessoais e profissionais em que a escolha me levou a outro caminho, no qual, sem a menor dúvida, me enriqueceu muito nas aprendizagens que adquiri, e sobretudo nas amizades que construí. Este ano também marcou a realização de um sonho: concluí o curso de PEDAGOGIA, no qual escolhi por conta da capoeira. Foi ela, a capoeira, que me instigou (e cobrou) a aperfeiçoar-me. Neste último ano de curso na universidade, experenciei um laboratório riquíssimo, a sala de aula. Assumi uma turma de maternal I na escola Interpares, sob a sede e vontade de colocar em prática o que aprendi na Pedagogia, e ainda, beber a educação direto da fonte. Foi uma experiência incrível (e inesquecível!!).

Mas, profissionalmente falando, nunca tive outra experiência que não fosse na capoeira. Meu primeiro e único emprego desde que eu tinha 14 anos. Sempre atuei no ambiente escolar, e por ser assim, me reconheço educadora desde então. Este ano também marca meus 15 anos de história na capoeira e na Kauande. Embora um tanto distante da capoeira, como já escrevi anteriormente, não estive ausente, porque nunca deixei de pensar nela, e contribuir de alguma forma. O distanciamento me fez aprender sob outros ângulos. Capoeira também se aprende fora da roda, e pude observar o movimento que nela ocorre, ainda que sem chão, ainda que sem som!

O distanciamento me fez buscar outros olhares, não menos importante de quem tá lá...descalço ao pé do berimbau. O abadá não foi o uniforme de trabalho, tampouco o berimbau a fonte de ganhar o pão de cada dia, mas a capoeira foi a força ancestral do cotidiano. Os sábios mestres já diziam: a capoeira é ensinamento pra vida! De fato, apliquei rasteira e esquivei-me sob outras situações. O olhar tem de estar atento a tudo, mesmo que se esteja de ponta cabeça.

E na linguagem dos capoeiras, faço minha leitura do que vivenciei no decorrer deste ano... dei a "volta ao mundo", e estou agachada ao pé do berimbau: pronta pro jogo outra vez!


Sei que não se pode ter tudo na vida, e que portanto temos de fazer escolhas...BERIMBAU TÁ ME CHAMANDO! EU VOU...



quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O TEMPO!


Venho aqui escrever algumas inquietações! Tenho ouvido falar em mal do século. Para alguns é o estresse, para outros a globalização, e outros diriam a solidão. Eu concordo, mas chego a pensar que o mal do século é O TEMPO, melhor dizendo, a falta dele! O que é que mais angustia as pessoas hoje em dia? A falta de tempo...pra fazer atividade física, viajar, ler um livro,namorar, visitar um amigo, escrever uma carta (outros tempos esse!!),escolher um presente a um ente querido, ou tempo pra não fazer nada! Falta tempo pra tudo! Somos todos vítimas desse "mal do século". Isso tem me levado a interrogar cotidianamente a vida. Se perguntasse hoje as pessoas qual é o seu bem maior, certamente ouviria: a vida, a família, o amor, os amigos. De fato, são bens preciosos, mas penso que o bem maior é O TEMPO. De que vale uma vida sem tempo, ou ainda, um tempo sem vida? Tá aí o mal do século. Não sabemos o que fazer com o tempo que dispomos, ou pior, o tempo não é disposto, é imposto (por diversas razões). Este tema é tão bem explorado pelos filósofos, historiadores, poetas e músicos que nos provocam o tempo todo a (re)pensar sobre. Nós que passamos apressados pelas ruas da cidade, pelas calçadas do prédio, pelos corredores da casa, não temos tempo para apreciar, descansar, refletir, rememorar, comunicar...nosso tempo é o tempo todo dedicado à produzir! Sim, temos de ser o mais ágil, mais competente, mais inteligente, mais eficaz, mais bonito e bonita e isso toma quase que todo o nosso tempo. Num paradoxo, o mesmo tempo que adoece, é o tempo que cura!É o mal do século e o bem maior! Ele representa toda a nossa existência: passado, presente, futuro. O tempo é ferramenta dos sonhos que ajusta as concretizações. É tempo de que? De sonhar? De realizar? De esperar? Enquanto se pensa numa resposta, o calendário e o relógio nos lembram o tempo inteiro que é tempo de viver! Então é isso, vou correr apressada para viver meus amores, meus amigos, meu lazer, meu fazer, meu ser. Ainda dá tempo...e nesse compromisso eu não posso me atrasar!


"Todos os dias quando acordo

Não tenho mais o tempo que passou

Mas tenho muito tempo

Temos todo o tempo do mundo.

Todos os dias antes de dormir, lembro e esqueço como foi o dia.

Sempre em frente...

Não temos tempo a perder.


...temos nosso próprio tempo!"

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Ternura.


"Não sei se o mundo é bom, mas ele ficou melhor quando você chegou e perguntou: Tem um lugar pra mim?"

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010


"(...) disciplina é LIBERDADE!

COMPAIXÃO é fortaleza!

Ter bondade é ter CORAGEM!"

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ENCERRANDO CICLOS.


"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e as vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é."

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Somos quem podemos ser...


"Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão. Sem querer eles me deram as chaves que abrem esta prisão (...)".

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

História dos sentimentos.


"O Sentimentos Humanos certo dia se reuniram para brincar. Depois que o Tédio bocejou três vezes porque a Indecisão não chegava a conclusão nenhuma e a Desconfiança estava tomando conta, a Loucura propôs que brincassem de esconde-esconde. A Curiosidade quis saber todos os detalhes do jogo, e a Intriga começou a cochichar com os outros que certamente alguém ali iria trapacear.

O Entusiasmo saltou de contentamento e convenceu a Dúvida a e Apatia, ainda sentadas num canto, a entrarem no jogo. A Verdade achou que isso de esconder não estava com nada, a Arrogância fez cara de desdém pois a idéia não tinha sido dela, e o Medo preferiu não se arriscar: "Ah, gente, vamos deixar tudo como está", e como sempre perdeu a oportunidade de ser feliz.

A primeira a se esconder foi a Preguiça, deixando-se cair no chão atrás de uma pedra, ali mesmo onde estava. O Otimismo escondeu-se no arco-íris , e a Inveja se ocultou junto com a Hipocrisia, que sorrindo fingidamente atrás de uma árvore estava odiando tudo aquilo.

A Generosidade quase não conseguia se esconder porque era grande e ainda queria abrigar meio mundo, a Culpa ficou paralisada pois já estava mais do que escondida em si mesma, a Sensualidade se estendeu ao sol num lugar bonito e secreto para saborear o que a vida lhe oferecia, porque não era nem boba nem fingida ; o Egoísmo achou um lugar perfeito onde não cabia ninguém mais.

A Mentira disse para a Inocência que ia se esconder no fundo do oceano, onde a inocente acabou afogada, a Paixão meteu-se na cratera de um vulcão ativo, e o Esquecimento já nem sabia o que estavam fazendo ali.

Depois de contar até 99 a Loucura começou a procurar. Achou um, achou outro , mas ao remexer num arbusto espesso ouviu um gemido: era o Amor, com os olhos furados pelos espinhos.

A Loucura o tomou pelo braço e seguiu com ele, espalhando beleza pelo mundo. Desde então o Amor é cego e a Loucura o acompanha (...)".


(Texto adaptado por Lya Luft)

domingo, 21 de novembro de 2010

Agendar a vida.


"Abro uma página da minha agenda para desmarcar mais uma vez o território de minha liberdade e o dos meus deveres - que é onde ela começa a perder pé. A fantasia não pede licença para se desenrolar: logo vejo uma infinidade de mesas e escrivaninhas, cada uma com sua agenda, nelas a floresta de compromissos mal assombrando alguma trilha estreita para andar e respirar. (Nas folhas desta minha atual, quero abrir entrelinhas para contemplar a árvore em flor diante de minha janela, ou pegar nos braços uma das crianças que povoam esta casa.)

Vejo também agendas quase vazias onde se procura melancolicamente algo para quebrar o sem-sentido da vida: nem uma visita, uma data de aniversário, nenhum afeto nomeado, nem ao menos um pagamento nesses dias que parecem um deserto sem contornos. Nem uma miragem ao longe? Pessoalmente não vivo sem uma agenda...Às vezes olhar a folhinha me dá alegria: um encontro bom, ou um dia inteiro só pra mim. Em outras folhas, um engarrafamento de garatujas...com mais compromissos do que meu fundamental desejo de liberdade quereria.

Agenda pode ser tormento e prisão. Mas pode ser liberdade, se a gente inventar brechas: em plena tarde da semana, caminhar na calçada; sentar ao sol na varanda do apartamento; deitar na grama do parque ou jardim, por menor que ela seja, e como criança olhar as nuvens, interpretando sua formas...

Ou: recostar para trás na cadeira (pode ser do escritório mesmo) e espiar o céu fora da janela; ir até a sala, esticar-se no sofá com as pernas sobre o braço do próprio, e ouvir música, ver televisão, ler, ler, ler...ou simplesmente não fazer nada. O ócio é uma possibilidade infinita a ser explorada. Não falo de inércia, do desânimo, do vazio melancólico. Falo de viver.

A vida há de rolar por cima da gente, reduzindo a poeirinha inútil quem se esquecer de às vezes parar pra pensar...mas sem se desmontar; olhar em torno ou para dentro: paisagens belas, ou áridas...e escutar a música do universo, o canto do sabiá, a risada da criança no andar de cima; enfim, o chamado da vida que nos convoca de mil formas!

Que nossas agendas (também as interiores) nos permitam muitas vezes a plenitude do nada sorvido como um gole de champanha, celebrando tudo. Sem culpa."


(Lya Luft)


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um brinde!!!


Ainda que possa parecer estranho a relação do título deste post com a imagem escolhida, é proposital e intencional!


Tão doce e gostoso quanto saborear um brigadeiro, é ter amigos, e sobretudo, estabelecer uma relação de companheirismo e respeito. "Uma conversa franca faz bons amigos". Poder olhar nos olhos e expor seus receios e anseios, e ainda proceder a conversa num tom acolhedor e confortável, pode-se dizer que o diálogo revela então uma relação que transgride o meramente profissional, e torna-se personalizada e singular. Tudo encaminhado para o bem de ambas as partes. A vida tende a nos colocar em situações em que perder é somar!


Contudo,acabo de saber que nem tudo acaba em pizza, mas também em abraço e brigadeiro!! :)

Por isso brindemos à vida, a amizade, ao respeito, à educação, ao sucesso profissional e ao SONHO!


À vocês, Suzana e Dayse, todo o meu apreço e admiração pelas pessoas que são!! Contem sempre comigo, e sei que a recíproca é verdadeira!!!



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Uma esperança pousou em mim...


Numa tarde nublada de novembro, era primavera, ela pousou em mim! Não senti nada, de tão leve que era e foi visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: E agora? Que devo fazer? Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Considerei pelo resto da tarde que enfim "alguém" me havia reconhecido: eu era, sim, uma flor!

(Adaptação do texto de Clarice Lispector)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os sábios já diziam...


"A juventude envelhece, a maturidade é superada, a ignorância pode ser educada, a embriaguez passa, porém a estupidez, ela é eterna!"

terça-feira, 2 de novembro de 2010

De mãe para filha.





Venho aqui tornar público uma linda declaração de amor que recebi de minha mãe há um tempo atrás. Quero registrar aqui também a minha gratidão à ela, que me deu bens valiosos: A vida, educação e amor incondicional!!!
Ela me presenteou com este acróstico, que vem duplamente especial, pois parte das iniciais do meu nome. Obrigada MÃE, por tudo que você é e faz por mim!! TE AMO.
Sonho realizado
Unica e completa
Simples mais valiosa
Amor eterno
Nasceu iluminada.
Alma radiante
Luz que brilha
Estrela em todas às horas
Sempre presente
Singela e meiga
Admirável força
Natureza de Deus
Demonstra à todos,
Razão da minha vida.
Assim é você, minha filha.
(Silvia Helena)

domingo, 17 de outubro de 2010

AFAGO.


"Quando você me abraça a vida é graça plena!"
E é nele que me recorforto a cada dia! :)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

E no dia do Professor (a).







No dia 15 de outubro celebra-se o DIA DO PROFESSOR/EDUCADOR. O que escrever para homenagear tão nobre profissão?? Me faltam palavras bonitas...mas os poetas, escritores e intelectuais já fizeram (e muito bem!) esta parte: traduzir em palavras e sentimentos o SER PROFESSOR!


Todavia, o que me resta senão falar de mim? Já não é de hoje que sinto o prazer em ser professora, embora por muitos anos em uma área distinta da qual me encontro hoje.


Especialmente neste dia senti vontade de escrever sobre esta profissão, movida e sobretudo comovida pelo o que vivenciei hoje na escola. Não pelos lindos presentes e cartões que recebi (que aliás, adorei!!), mas pelo o que vinha no bojo, não palpável, tão menos visível! Foi o carinho e reconhecimento pelo trabalho. A homenagem se torna ainda mais grandiosa quando inundada de afeto. As palavras que ouvi casadas com fortes abraços foram o que demais eu queria ganhar! Me tornei um ser maior...de felicidade."Nunca houve tanta possibilidade de felicidade quanto agora..." Isso só para legitimar ainda mais a minha escolha de ser professora. Minhas crianças me encantam! O corpo que cansa ao fim do dia é o mesmo que move minha alegria de viver, de ser, de ensinar e APRENDER!! O ar que se respira na Educação é um movimento de inspirar conhecimento e expirar questionamentos e curiosidades. Mais que ser educador, é SENTIR-SE EDUCADOR, tal qual reconhece sua fragilidade e ignorância e potencializa seus saberes e valores.

Quero deixar aqui meu forte abraço em todos os educadores que passaram (e também os que permanecem) em minha vida, seja eu na condição de aluna, de professora, de espectadora e/ou colega de trabalho. Muito obrigada pela formação humana que me proporcionam!


sábado, 9 de outubro de 2010

O que me interessa?



"Amar e mudar as coisas..."

Que rufem os tambores...

*Foto: Andressa Camila "Chinchila".


Meus pensamentos, de modo geral, carecem de fundo musical.


Minha vida é uma canção!




"(...) minha canção é coisa séria


um verdadeiro comício


se o suingue é meu vício


bato tambor desde o início."

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Amar é...


...preocupar-se com ela.
Dar-lhe abrigo e proteção!

É amor, nesta segunda-feira fria e chuvosa, em meio a tantos entraves do cotidiano, "nos abraçamos sob o nosso conforto de amar. Se há dores tudo fica mais fácil.
Que sorte a nossa, hein?
Esse encontro nós dois, este AMOR!"

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

"Meu riso é tão feliz contigo..."


Ele prepara café todas as tardes..
Ele me recebe com um sorriso pontual
Ele me abraça com o coração
Ele me olha com a alma
Ele me provoca a ser alguém melhor
Ele me faz rir todos os dias...
...e todas as noites!

O poeta começa o dia!




"(...) me espera o ônibus, o horário, a morte - que importa?




Eu sei me teleportar: ESTOU AGORA (...)!"




Mario Quintana.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

De-me um livro de presente! :)


"Livros não mudam o mundo. Quem muda o mundo são as pessoas. Livros mudam as pessoas."

(Mario Quintana)


Isso é só para compartilhar a alegria imensa quando ganho um livro! Este, em especial, veio carregado de coisas! É um livro de história infantil, em espanhol, e foi trazido de uma viagem especialmente pra mim. A pessoa que me presenteou é muito querida!

Obrigada pelo presente e pela gentileza! :)


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Minha lente. Meu olhar.


Pode ser arte

Pode ser ofício

Pode ser hobby

Pode ser vício.


Pode ser eu

Pode ser nós

Pode ser você

Pode ser voz.


Pode ser em pé

Pode ser deitada

Pode ser falando

Pode ser calada.


Pode ser espontânea

Pode ser pousada

Pode ser estranha

Pode ser copiada.


Pode ser feia

Pode ser bonita

Pode ser preto e branco

Pode ser colorida.


Pode ser sorrindo

Pode ser chorando

Pode ser dormindo

Pode ser acordando.


Pode ser leve

Pode ser pesada

Pode ser impulso

Pode ser pensada.


Pode ser grande

Pode ser 3X4

Pode ser de frente

Pode ser de lado.


Pode ser comprida

Pode ser larga

Pode ser fina

Pode ser apertada.


Pode ser junto

Pode ser separado

Pode ser um

Pode ser lotado.


Pode ser disposta

Pode ser cansada

Pode ser séria

Pode ser engraçada.


Pode ser vestida

Pode ser pelada

Pode ser exposta

Pode ser guardada.


Pode ser saudade

Pode ser memória

Pode ser vaidade

Pode ser História.


Pode ser festa

Pode ser rotina

Pode ser que alegra

Pode ser que ensina.


Pode ser imagem

Pode ser sacanagem

Pode ser vertigem

Pode ser linguagem.


Pode ser emoção

Pode ser tradição

Pode ser declaração

Pode ser revelação.


*Acabo de criar este poema e dedico a três pessoas em especial: Melissa F. de Andrade, Dayse Campos e Daniel Ferreira. Pessoas que me inspiram e me emocionam, assim como a fotografia.



Canção da Primavera.

"(...) na cidade adormecida
Primavera vem chegando.

Dancemos todos, dancemos,
Amadas, Mortos, Amigos,
Dancemos todos até
Não saber-se mais o motivo..."
Mario Quintana.

domingo, 19 de setembro de 2010

Celebração das incertezas.



Eu me permito estar perdida e não temo o novo! Não tenho a garantia de nada, só quero o chão, ainda que os pés não os alcancem. Se preciso for, me entrego a desorientação e a incerteza...e ganho a vantagem da instabilidade por ser passível de correção. A estabilidade sim é ameaçadora, ela é permanente e resulta num só julgamento, como alerta Clarice Lispector. E concluo de mim para mim mesma, que eu posso tudo! Eu acredito!

Cotidiano.


Despertar as seis da matina (quando não as 05:30h). Vestir o melhor sorriso. Alimentar a alma. Levar a mala cheia de bolsos, uns já cheios de conhecimento, outros vazios para as aprendizagens. Sentar num lugar privilegiado, onde a vista alcance a paisagem e o olhar aviste os amigos. Abrir a porta das oportunidades e fechar as janelas dos desenganos. Sentir frio e aquecer-se num abraço. Comunicar-se pelas atitudes. Subir o degrau do crescimento e, quando retornar ao lar, suspirar a fadiga, tirar a roupa suja da negatividade e deitar-se na tranquilidade.
Despertar para o amanhã e relembrar as "tarefas" do cotidiano.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

AGAIN.


"Mas é claro que o sol
Vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior
De endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja nossa vida como está
Mas eu sei um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
QUEM ACREDITA SEMPRE ALCANÇA!!
Nunca deixe que lhe digam
Que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém(...)"
(Flávio Venturini/ Renato Russo)
I'M DREAMING AGAIN!

Leio, logo sinto!


Deliciar-se com as páginas amarelas de Machado de Assis é no mínimo sentir-se viva! A maneira com que descreve cousas e causos é, por demasia, envolvente e instigante! Ah, um deleite!! Como ele mesmo exclama. O capítulo "O PENTEADO", é um dos que considero mais bonitos da obra Dom Casmurro. A simplicidade da cena é que a torna grande! Sim, é possível sentir prazer num simples pentear os cabelos. A descrição de suas sensações, é uma linda declaração de amor, além de original!

Leiam...e sintam:


Após pedir a sua amada Capitu que sentasse para penteá-la os cabelos, Bentinho narra:

"Continuei a alisar os cabelos, com muito cuidado, e dividi-os em duas porções iguais, para compor as duas tranças. Não as fiz logo, nem assim depressa, como podem supor os cabeleireiros de ofício, mas devagar, devagarinho, saboreando pelo tacto aqueles fios grossos, que eram parte dela. O trabalho era atrapalhado, às vezes por desazo, outras de propósito para desfazer o feito e refazê-lo. Os dedos roçavam na nuca da pequena ou nas espáduas vestidas de chita, e a sensação era um deleite. Mas, enfim, os cabelos iam acabando por mais que eu os quisesse intermináveis. Não pedi ao céu que eles fossem tão longos como os da Aurora, porque não conhecia ainda esta divindade que os velhos poetas me apresentaram depois; mas, desejei penteá-los por todos os séculos dos séculos, tecer duas tranças que pudessem envolver o infinito por um número inominável de vezes."


Poxa vida, e tem gente que acha que declaração de amor é falar coisas bonitas, dizer eu te amo todo dia...não, não é! São gestos e atitudes que fazem por assim dizer que a pessoa é amada! E ela (a pessoa), não menos se sente diferente disso!


"Saber amar é saber deixar alguém te amar!"


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

MEDO DA MORTE?!


Escutando uma música há uns meses atrás, me pus a pensar sobre a MORTE. Há um ditado popular que diz: "A única certeza que temos nessa vida, é que vamos morrer um dia!". "(...)tão certo quanto o calor do fogo", como canta Dinho Ouro Preto. Entretanto, creio em algumas outras certezas...a de que a morte já chegou pra muita gente, e elas não se deram conta, ou pior, se matam conscientemente e querem nos levar na cova junto! Medo da morte eu não tenho, mas tenho medo de morrer...em VIDA! Porque como diz o sábio Gilberto Gil, "a morte vem depois de mim, quando eu deixar de respirar. Já morrer é aqui, na vida, no sol, no ar...Como poderei ter medo de morrer, se a morte é depois de mim?? Não terei nem pé nem cabeça, nem fígado nem pulmão. Como poderei ter medo se não terei coração?". Morrer em vida sim eu tenho medo! Ainda que haja dor, eu prefiro viver!Terei de estar presente!Me sentir pulsante, como diz uma grande amiga minha!

Viver meus amores, meu lazer, meu trabalho, e tudo o mais que a vida oferece! O dia insiste em nascer, e eu, em viver!



"Não me entrego sem lutar

Tenho ainda coração

Não aprendi a me render (...)!"




Ahhh, e "não espere pelo epitáfio!"

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Todo se transforma...


"Cada uno da lo que recibe

Y luego recibe lo que da,

nada es más simple,

no hay outra norma:

NADA SE PIERDE,

TODO SE TRANSFORMA!"

"Minhas raízes estão no ar, minha casa é qualquer lugar(...)

Se depender de mim eu vou até o fim!"

sábado, 4 de setembro de 2010

Momento Introspectivo!

"De tarde quero descansar,
Chegar até a praia
Ver se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras.
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora.
Agora está tão longe
Vê, a linha do horizonte me distrai (...)
Quando vejo o mar
Existe algo que diz:
- A vida continua e se entregar é uma bobagem (...)"

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

LEI DA ATRAÇÃO.


"Os opostos se distraem e os dispostos se atraem!" :)

Viva as diferenças!


"Lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem; lutar pelas diferenças sempre que a igualdade nos descaracterize."


(Boaventura de Souza Santos)