terça-feira, 23 de novembro de 2010

Somos quem podemos ser...


"Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão. Sem querer eles me deram as chaves que abrem esta prisão (...)".

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

História dos sentimentos.


"O Sentimentos Humanos certo dia se reuniram para brincar. Depois que o Tédio bocejou três vezes porque a Indecisão não chegava a conclusão nenhuma e a Desconfiança estava tomando conta, a Loucura propôs que brincassem de esconde-esconde. A Curiosidade quis saber todos os detalhes do jogo, e a Intriga começou a cochichar com os outros que certamente alguém ali iria trapacear.

O Entusiasmo saltou de contentamento e convenceu a Dúvida a e Apatia, ainda sentadas num canto, a entrarem no jogo. A Verdade achou que isso de esconder não estava com nada, a Arrogância fez cara de desdém pois a idéia não tinha sido dela, e o Medo preferiu não se arriscar: "Ah, gente, vamos deixar tudo como está", e como sempre perdeu a oportunidade de ser feliz.

A primeira a se esconder foi a Preguiça, deixando-se cair no chão atrás de uma pedra, ali mesmo onde estava. O Otimismo escondeu-se no arco-íris , e a Inveja se ocultou junto com a Hipocrisia, que sorrindo fingidamente atrás de uma árvore estava odiando tudo aquilo.

A Generosidade quase não conseguia se esconder porque era grande e ainda queria abrigar meio mundo, a Culpa ficou paralisada pois já estava mais do que escondida em si mesma, a Sensualidade se estendeu ao sol num lugar bonito e secreto para saborear o que a vida lhe oferecia, porque não era nem boba nem fingida ; o Egoísmo achou um lugar perfeito onde não cabia ninguém mais.

A Mentira disse para a Inocência que ia se esconder no fundo do oceano, onde a inocente acabou afogada, a Paixão meteu-se na cratera de um vulcão ativo, e o Esquecimento já nem sabia o que estavam fazendo ali.

Depois de contar até 99 a Loucura começou a procurar. Achou um, achou outro , mas ao remexer num arbusto espesso ouviu um gemido: era o Amor, com os olhos furados pelos espinhos.

A Loucura o tomou pelo braço e seguiu com ele, espalhando beleza pelo mundo. Desde então o Amor é cego e a Loucura o acompanha (...)".


(Texto adaptado por Lya Luft)

domingo, 21 de novembro de 2010

Agendar a vida.


"Abro uma página da minha agenda para desmarcar mais uma vez o território de minha liberdade e o dos meus deveres - que é onde ela começa a perder pé. A fantasia não pede licença para se desenrolar: logo vejo uma infinidade de mesas e escrivaninhas, cada uma com sua agenda, nelas a floresta de compromissos mal assombrando alguma trilha estreita para andar e respirar. (Nas folhas desta minha atual, quero abrir entrelinhas para contemplar a árvore em flor diante de minha janela, ou pegar nos braços uma das crianças que povoam esta casa.)

Vejo também agendas quase vazias onde se procura melancolicamente algo para quebrar o sem-sentido da vida: nem uma visita, uma data de aniversário, nenhum afeto nomeado, nem ao menos um pagamento nesses dias que parecem um deserto sem contornos. Nem uma miragem ao longe? Pessoalmente não vivo sem uma agenda...Às vezes olhar a folhinha me dá alegria: um encontro bom, ou um dia inteiro só pra mim. Em outras folhas, um engarrafamento de garatujas...com mais compromissos do que meu fundamental desejo de liberdade quereria.

Agenda pode ser tormento e prisão. Mas pode ser liberdade, se a gente inventar brechas: em plena tarde da semana, caminhar na calçada; sentar ao sol na varanda do apartamento; deitar na grama do parque ou jardim, por menor que ela seja, e como criança olhar as nuvens, interpretando sua formas...

Ou: recostar para trás na cadeira (pode ser do escritório mesmo) e espiar o céu fora da janela; ir até a sala, esticar-se no sofá com as pernas sobre o braço do próprio, e ouvir música, ver televisão, ler, ler, ler...ou simplesmente não fazer nada. O ócio é uma possibilidade infinita a ser explorada. Não falo de inércia, do desânimo, do vazio melancólico. Falo de viver.

A vida há de rolar por cima da gente, reduzindo a poeirinha inútil quem se esquecer de às vezes parar pra pensar...mas sem se desmontar; olhar em torno ou para dentro: paisagens belas, ou áridas...e escutar a música do universo, o canto do sabiá, a risada da criança no andar de cima; enfim, o chamado da vida que nos convoca de mil formas!

Que nossas agendas (também as interiores) nos permitam muitas vezes a plenitude do nada sorvido como um gole de champanha, celebrando tudo. Sem culpa."


(Lya Luft)


segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Um brinde!!!


Ainda que possa parecer estranho a relação do título deste post com a imagem escolhida, é proposital e intencional!


Tão doce e gostoso quanto saborear um brigadeiro, é ter amigos, e sobretudo, estabelecer uma relação de companheirismo e respeito. "Uma conversa franca faz bons amigos". Poder olhar nos olhos e expor seus receios e anseios, e ainda proceder a conversa num tom acolhedor e confortável, pode-se dizer que o diálogo revela então uma relação que transgride o meramente profissional, e torna-se personalizada e singular. Tudo encaminhado para o bem de ambas as partes. A vida tende a nos colocar em situações em que perder é somar!


Contudo,acabo de saber que nem tudo acaba em pizza, mas também em abraço e brigadeiro!! :)

Por isso brindemos à vida, a amizade, ao respeito, à educação, ao sucesso profissional e ao SONHO!


À vocês, Suzana e Dayse, todo o meu apreço e admiração pelas pessoas que são!! Contem sempre comigo, e sei que a recíproca é verdadeira!!!



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Uma esperança pousou em mim...


Numa tarde nublada de novembro, era primavera, ela pousou em mim! Não senti nada, de tão leve que era e foi visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: E agora? Que devo fazer? Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Considerei pelo resto da tarde que enfim "alguém" me havia reconhecido: eu era, sim, uma flor!

(Adaptação do texto de Clarice Lispector)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os sábios já diziam...


"A juventude envelhece, a maturidade é superada, a ignorância pode ser educada, a embriaguez passa, porém a estupidez, ela é eterna!"

terça-feira, 2 de novembro de 2010

De mãe para filha.





Venho aqui tornar público uma linda declaração de amor que recebi de minha mãe há um tempo atrás. Quero registrar aqui também a minha gratidão à ela, que me deu bens valiosos: A vida, educação e amor incondicional!!!
Ela me presenteou com este acróstico, que vem duplamente especial, pois parte das iniciais do meu nome. Obrigada MÃE, por tudo que você é e faz por mim!! TE AMO.
Sonho realizado
Unica e completa
Simples mais valiosa
Amor eterno
Nasceu iluminada.
Alma radiante
Luz que brilha
Estrela em todas às horas
Sempre presente
Singela e meiga
Admirável força
Natureza de Deus
Demonstra à todos,
Razão da minha vida.
Assim é você, minha filha.
(Silvia Helena)