Numa tarde nublada de novembro, era primavera, ela pousou em mim! Não senti nada, de tão leve que era e foi visualmente que tomei consciência de sua presença. Encabulei com a delicadeza. Eu não mexia o braço e pensei: E agora? Que devo fazer? Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Considerei pelo resto da tarde que enfim "alguém" me havia reconhecido: eu era, sim, uma flor!
(Adaptação do texto de Clarice Lispector)
Só posso te dizer uma coisa: só alguém com alma de poeta, com o coração aberto, feliz e saltitante poderia ter um blog tão bom como esse...
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