Talvez eu possa definir uma Força Maior que rege em mim, por espiritualidade. Não tenho religião, embora tenha me criado em um ambiente de práticas e crenças evangélicas. No decorrer da vida fui percebendo e sentindo outras coisas... Por que é que a sociedade discrimina quem não tem religião? Temos o livre arbítrio de crer ou descrer no que bem entendemos. Tem gente que até mente ser de tal religião pra não ser discriminado. Eu não! Não sigo uma religião específica, tampouco creio em dogmatismos.
Também não quero ficar me explicando, isso é apenas um desabafo.
Por esses dias iniciei a leitura de um livro indicado por uma grande amiga. Ao percorrer as primeiras páginas, a autora descreve DEUS e a maneira com que exerce sua fé. Suas palavras são simples e claras, e que portanto, faço das palavras dela as minhas:
"(...)deixem-me explicar primeiro porque uso a palavra Deus, quando poderia muito bem usar as palavras Jeová, Alá, Shiva, Brahma, Vishnu ou Zeus. Ou então, eu poderia chamar Deus de "Aquilo", que é como fazem as antigas escrituras em sânscrito, e que considero traduzir bastante bem a entidade onipresente e inominável que algumas vezes já vivenciei. Mas esse "Aquilo" me parece impessoal - uma coisa, não um ser-, e eu própria não consigo rezar para um "Aquilo". Preciso de um nome de verdade, para sentir totalmente que existe alguém presente. Pelo mesmo motivo, quando rezo, não ofereço minhas preces ao Universo, ao Grande Vazio, à Força, ao Ser Supremo, ao Inteiro, ao Criador, à Luz, ao Poder Maior, nem mesmo à mais poética das manifestações do nome de Deus, tirada, acho eu, dos evangelhos gnósticos: "A Sombra da Virada". Não tenho nada contra nenhum desses termos. Sinto que são todos equivalentes, porque são todos descrições igualmente adequadas e inadequadas do indescritível. Mas todos nós precisamos de um nome funcional para essa indescritibilidade, e "Deus" é o nome que me soa mais caloroso, então é ele que uso. Eu deveria confessar também que geralmente me refiro a Deus como "Ele", o que não me incomoda porque, a meu ver, trata-se somente de um pronome pessoal que facilita as coisas, não de uma descrição anatômica precisa ou de um motivo para revolução. (...)Embora eu ache que escrever o pronome em letra maiúscula seja um toque a mais, uma pequena gentileza na presença do divino. Culturalmente, embora não teologicamente, sou cristã. (...)E, embora eu de fato ame aquele incrível professor da paz chamado Jesus, e embora me reserve o direito de me perguntar em determinadas situações difíceis o que de fato Ele faria, não consigo engolir a regra fixa da cristandade que insiste que Jesus é o único caminho para Deus. (...)
Tradicionalmente, sempre me senti tocada pelos místicos transcendentais de todas as religiões. Sempre reagi com admirada animação a qualquer um que já tenha dito que Deus não mora em uma escritura dogmática, nem em um trono distante no céu, mas que ele está muito perto de nós - muito mais perto do que podemos imaginar, respirando através dos nossos próprios corações. (...) Deus é uma experiência de amor supremo." (Elizabeth Gilbert).
Ao ler tais descrições dessa autora, reafirmei minha opinião sobre Deus, de que não importa o nome que Ele tenha, tampouco a maneira como é louvado, seja na reza, na oração, no rito, na prece, na missa, no culto, etc. Busco a Força Maior, que também chamo de Deus, todos os dias, em todas as situações e em todas as pessoas, já que creio que Ele mora em nossos corações, e se faz presente em nossas atitudes de praticar o bem e propagar o AMOR. Meu templo é a VIDA e a natureza.
Fica aqui meu respeito a qualquer tipo de religião ou outro meio de buscar Deus, desde que seja para o bem, em busca de PAZ de espírito.
E já que estamos findando mais um ano, desejo à todos que o próximo seja repleto de paz de espírito, serenidade, amor no coração, luz para as realizações, saúde e fé por dias melhores! FELIZ ANO NOVO!!
Óun!Fico bem feliz que esteja gostando do livro!
ResponderExcluirNão existe nada mais prazeroso que ler algo que nos acrescente, que nos modifique, a leitura que está nos lendo, mais do que nós estamos lendo ela.
E para isso, não precisa ser um grande clássico da literatura, este aí por exemplo, classificado entre os comerciais "best seller", consegue fazer isso, porque, apesar de ser comercial, trata de questões humanas de uma forma muito simples e divertida.
Sim, as pessoas não deveriam colocar rotulos, principalmente julgar, no que diz respeito à espiritualidade. Pois ela, nada tem a ver com religião, tem a ver com sentir, e sentir cada um sente à sua maneira. Coisas boas nunca deveriam ser julgadas, medidas, rotuladas. Esta é a necessidade da religião: siga o meu dogma, o meu é bom, o seu não, pela minha você conhece o DEus verdadeiro, pela sua não, isso para mim soa totalmente anti-espiritual.
Enfim, que as pessoas tenham mais espiritualidade e bondade, esqueçam que para este tipo de coisa não se necessita rótulos.