"Eu estava encostada ali, meu violão
Eu era um enigma, uma interrogação
Olha que coisa à toa, boa, boa, boa...
Eu tava com graça...
tava por acaso ali, não era nada
Era uma mensagem...
Parece bobagem, mas não era não
eu não decifrava, eu não conseguia
mas aquilo ia, e eu ia, e eu ia
Eu me perguntava
era um gesto hippie, um desenho estranho
e era uma alegria, era uma esperança
era dança, ou não
Via o que é visível, via o que não via
e a poesia e a profecia não vêem...
é o que parecia
Que as coisas conversam, coisas surpreendentes
fatalmente erram, acham solução
e que o mesmo signo que eu tento ler e ser
é apenas um possível e o impossível
em mim (...)"
(trecho da música "Eu sou neguinha?", de Caetano Veloso)
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